26 maio, 2010

... uma nova vida.

E eu não pensei errado.
Há um pouco mais de 2 meses atrás, comecei uma vida que nem sabia que isso ia mudar completamente tudo.
Comecei como se fosse apenas uma brincadeira, uma leve diversão...
Só pra colocar pra fora toda acidez do meu humor.
Mas de repente... As coisas começaram a ficar sérias.
Começaram a aparecer pessoas, e mais pessoas. E não era só número ali no contador do Twitter.
É bem mais que isso.
Eles são minha inspiração, minha vontade de continuar, minha risada.
E adivinha só quem foi o culpado de tudo isso?
Bom, além de mim mesma, tem uma pessoa que é realmente culpada por tudo isso.
Sim, é ele. O Marcos, como algumas pessoas o chamam.
O nome dele pra mim? Irmão.
É... foi isso que ele acabou se tornando.
Algumas pessoas dizem que nossa acidez humorística é parecida, mas herdei isso dele.
A culpa dele nisso tudo foi me trazer a isso tudo, sem nem um pingo de consciência. Nem dele, nem minha.
A verdade é que sempre culpa sua, Marcos...
Culpa sua eu estar feliz hoje; culpa sua eu ter pessoas maravilhosas ao meu lado; culpa sua eu ter descoberto coisas sobre mim que eu nunca deixei transparecer; culpa sua eu esquecer os meus problemas; culpa sua eu me sentir mais leve; culpa sua eu me sentir mais forte; culpa sua eu ter virado uma legendária; culpa sua por eu rir mais; culpa sua eu falar errado; culpa sua eu ter ficado mais criativa ainda; culpa sua eu gostar tanto assim de você...
Não disse? É sempre culpa sua, papito.
E é sério: muito obrigada por isso.
Pra sempre.
Sempre juntos.

08 janeiro, 2010

...desfazer meus nós.

Durante esses dias, eu tenho visto cada vez menos.
Hoje, eu deixei de enxergar.
Ira, raiva.
Estresse.
Chame do que quiser...
Eu chamo de cegueira.
Eu simplesmente deixei de enxergar as coisas a minha frente...
Minha cegueira dura apenas segundos; a bile sobe a garganta e explode em milhões de gritos.
Qualquer coisa é motivo para muito.
E isso me faz desconhecer tudo em mim.
Vozes, gestos mais bruscos, barulhos, até mesmo a claridade...
Surto.
Surtei.
Preciso de férias... de mim mesma.

07 dezembro, 2009

...guache.

A casa de repente ficou meio oca, tudo meio solitário...
Os móveis parece que se afastaram um dos outros, como um imã ao contrário.
Os porta-retratos ficaram vazios.
As portas destrancadas, escancaradas pelo vento e a sala, de repente, ficou enxarcada.
A chuva aumentou.
No mesmo momento que você saiu, a casa inteira se inundou de um grande vazio... de sua ausência.
Parece que os móveis sentiram o mesmo que eu.
E parece que as paredes e o chão sentiram sua ausência também; ambos estão encolhidos, tão mais próximos de mim...
Como se isso fosse me fazer menos só; como se isso tudo fosse me expelir pra fora de casa e correr atrás de você, no meio da chuva.
Mas minha coragem foi junto com você...
Assim como parte de minha vida, de minhas lembranças, das cores da mobilia.
Começo a acreditar que a chuva já invadiu a casa e está fazendo tudo desbotar, como se fosse tudo colorido com tinta guache.
Já não espero mais nada...
Somente que você traga de volta, pelo menos, o meu sol.

24 novembro, 2009

...ir embora de vez.

Te encontrei esses dias.
E quer saber? Não foi bom.
Achei que estava preparada para isso, mas o aconteceu?
No momento em que vi seus olhos e seu sorriso, meu coração parou.
Eu achei que tivesse superado, que tinha esquecido todas aquelas lembranças doloridas, mas...
Estava tudo ali, preso no seu olhar.
Apesar de todas diferenças visuais que lhe aconteceram, você ainda é o mesmo.
Diferente, mas o mesmo...
Juro que desejei naquele momento que nada tivesse acontecido, como num flash back.
O flash back mais amargo de minha vida.
Tentei desviar meus olhos dos seus, evitar as lágrimas por pelo menos aquele momento; eu não sabia como me portar, como agir diante de você.
Tratei de arranjar uma desculpa e dar o fora dali antes que eu explodisse.
O abraço de adeus foi estranho... como se você não estivesse dentro dos meus braços com seu perfume de cigarros.
Corri na frente dos carros, esmagando o celular na mão.
Corri.
E continuei correndo e tentando não pensar em nada.
Me derramei em lágrimas nos braços de minha amiga.
Ela quase não entendeu o que eu disse.
Pudera...solucei milhares de vezes antes de conseguir pensar em como ajeitar as palavras.
Segurei o pranto.
Não queria mais.
Já não aguentava mais, já não aguento mais chorar por você...

12 outubro, 2009

...ser a maga de Oz.

Parece que o meu mundo está voltando a girar na velocidade normal...
Eu estava ficando tonta demais com a alta velocidade.
Acho que já posso respirar mais devagar.
Enfim...
Já não posso mais negar - se é que um dia cheguei a negar - que estou morrendo de saudades de umas pessoas.
Não sei se me recuso a dizer quem são, mas o segredo é válido e cabível a este momento.
Queria poder adiantar os dias, trocar as datas, reescrever a agenda só pra encontrá-los ali, sob a mira da minha lente.
Entretanto, meu poder, mágia ou sei lá o quê nunca funcionou muito bem pra essas coisas...
Eu realmente gostaria de um par de lápis, um papel e uma borracha só pra desenhar meu futuro.
Seria, de fato, agradável... Porém previsível demais pro meu gosto (se bem que eu gostaria de prever algo neste momento).
Sabe... é estranho o quão essa rouquidão da voz dele é tão familiar aos meus ouvidos.
Eles conseguem ultrapassar o sentido da música e tudo virou como uma trilha sonora pra minha vida...
Chega a falar por mim!
Quero respirar essas sensações pra dentro de mim e não ter que expirá-las até o próximo momento que irei fotografar em minha mente.


Ouvindo: "Além Do Meu Jardim" - Rosa de Saron

16 setembro, 2009

...me despedir.

Eu corri.
Mas ele foi antes que eu pudesse me despedir.
Não sei se lamento tanto... Só de pensar que o vi, já me tranquilizo.
Eu pensei que minhas pernas não pudessem mais me obedecer.
Achei que fosse cair de cara no meio da rua.
Até cheguei a tropeçar inumeras vezes, não que isso fosse me impedir de algo.
Mas o telefonema impediu tudo.
Minhas pernas amoleceram de vez, a vista começou a se esvaecer, meus pensamentos perderam-se: eu chegara tarde demais, apesar de estar pontualmente no horário combinado.
E enfim, eu estava ali parada, com um monte de pessoas passando ao meu redor e me olhando como se soubessem da minha dor.
Ele havia saído 20 minutos antes de meu telefonema.
Se sequer tivesse atendido minhas chamadas... talvez eu pudesse, pelo menos, ter ouvido sua voz antes de ir embora.
A última cena da noite passada ainda ecoava na cabeça: seu abraço molhado depois do show...
Eu sei que vou vê-lo. Mas quando?


[made in September 13, 2009]

07 setembro, 2009

...escrever teu nome aqui.

Eu te odeio por ter me feito acreditar que você tinha um coração.
Eu te odeio por fazer achar que eu especial pra você.
Eu te odeio por me afetar de forma tão patética que chego a tremer de raiva.
Eu te odeio por ter dado atenção às pessoas erradas e depois de tudo vir reclamar na minha orelha.
Eu te odeio porque me fez passar noites claro só pra conversar com você.
Eu te odeio por rir de mim.
Eu te odeio por fingir tudo.
Eu te odeio porque você preferiu me magoar e me deixar com cara de idiota quando o vi com outra garota.
Eu te odeio por não ter desculpas melhores.
Eu te odeio por não ser você mesmo.
Eu te odeio por ser tão egocêntrico.
Eu te odeio por ter me dito que me amava quando você nunca conseguiu amar ninguém.
Eu te odeio por não ter compaixão.
Eu te odeio por não sair de vez da minha vida.
Eu te odeio por ter me usado.
Eu te odeio por me fazer sentir inadequada.
Eu te odeio por simplesmente ter me feito te amar.